14 fevereiro, 2012

Dar lugar ao modernismo.







Sergels torg, Stockholm | Augusti 2011
Canon AE1 | Fujicolor 100

É uma das praças mais importantes e concorridas da cidade. Foi inteiramente projectada e construída durante os anos 50 e 60 num período em que o modernismo varreu os destroços da 2ª guerra. Estocolmo, não tendo sido afectada por esta circunstância, procedeu por sua própria iniciativa (e a par de muito protesto) à renovação do seu centro. Mais de 450 edifícios nesta zona foram destruídos para dar lugar à nova imagem moderna. Foi a maior acção de regeneração urbana que se conheceu na história da cidade. Bombardeada sem ter passado pela guerra. O património antigo e a identidade conhecida do lugar, apagados.
Hoje em dia, Estocolmo pratica políticas de preservação e reabilitação severas. Traumatizada, mas orgulhosa da grandiosidade do gesto (do qual se tem a certeza ser único). A praça é um sistema complexo de transição e circulação de pessoas e transportes que se estende por cerca de um quilómetro subterrâneo, estabelecendo relações com interfaces, zonas comerciais e a Casa da Cultura de Peter Celsing. Apesar das críticas ao projecto e à eficiência actual do espaço (já para não mencionar a polémica gerada pela ruptura com a cidade nos anos 50) a praça acolhe diariamente uma enorme actividade e fluxo de pessoas. É a sala de estar por excelência de quem mora e visita a cidade, como eu.


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